domingo, 4 de novembro de 2007

Faça você mesmo !!!


Cultura do champignons de Paris

1 – INTRODUçÃO :

Cogumelos sâo frutificações de alguns grupos de fungos que sâo formados em condições de temperatura, luminosidade, pH e humidade favoravéis, podendo ser classificados em comestíveis e venenosos. São conhecidos aproximadamente 700 espécies de cogumelos comestíveis sendo que destas algumas possuem uso medicinal. Actuamente, cerca de 50 espécies estão sendo pesquisadas tendo por abjectivo a descoberta do tratamento de diversas enfermidades.
Os cogumelos comestíveis são alimentos de alta qualidade, por serem ricos em protínas e carboidratos facilmente digeriveis, e por apresentarem ainda pouco ou nada de lipídos.
O Brasil produz e exporta cogumelo medicinal principalmente para o Japâo, Estados Unidos, México, Canadá e Coreia. Sua produção aumenta a cada ano impulsionada pelos altos preços pagos pelo mercado. Todos os anos muitas pessoas iniciam-se no seu cultivo. Entretanto por diversas razões (como a baixa produtividade, preços aquém das expectativas, ataques de pragas e baixa qualidade do produto final) muitas delas não dão continuidade ao trabalho. A produçâo actualmente é realizada no sistema de agricultura familiar e tambem por grandes empresas.

2 – O CULTIVO:

O cogumelo medicinal é produzido em composto orgânico nutrindo-se basicamente de hemicelulose e, por isso, a produçâo está directamente relacionada à qualidade do composto.

3 – O PLANTIO:

Existem diversas formas de plantio, descreveremos três básicas.

a) Plantio directo: O substrato já colonizado é colocado directamente no châo em valas de 40 cm de largura por 20 cm de profundidade e coberto com terra de barranco corrigida com carbonato de cálcio e um pH na faixa dos 6,5 a 7,0. O sistema de plantio directo pode ser realizado a céu aberto (exigindo neste caso uma declividade para o escoamento da água da chuva e da irrigaçâo) ou em estufas que protegem do excesso da chuva e oferece certa protecçâo do frio, mas que podem no verâo apresentar temperaturas excessivas. Recomenda-se neste sistema a rotaçâo de áreas, evitando-se sempre áreas com uso recente de defensivos.

b) Plantio no proprio saco: O substrato colonizado permanece no saco e é colocado em suportes que servem para elevar o sbstrato do chão (locais protegidos de chuvas). Os suportes podem ser estrados, parteleiras ou até mesmo caixas de plâstico. Sobre o saco é colocada a cobertura morta que tem a função principal de manter os canteiros sempre húmidos.

c) Plantio em parteleiras sem sacos: Consiste em construir parteleiras no intuito de aumentar a área útil da instalação. Os materiais utilizados podem ser os mais diversos desde que não liberem nenhuma substância prejudicial a qualidade do cogumelo. E recomendado o uso de pl’atico forrando as parteleiras e sobre o qual o composto é colocado e moldado em leiras evitando-se ao máximo a sua fragmentação. Neste método é necessário após cada ciclo (substituição do composto) uma criteriosa desinfecção do local evitando-se assim a contaminaçâo no próximo ciclo.

4 – TRATO CULTURAIS:

(80 a 9’%). Portanto os canteiros devem estar sempre molhados através de um sistema de nebulização, se possivel, para aumentar a humidade do ar.
· Devem-se retirar as partes contaminadas por fungos indesejaveis e tratar o local
atacado com Hipoclorito de Sódio;
· Eliminaçâo de plantas daninhas no canteiro o quanto antes possivel;
· Controle de pragas como lesmas, caramujos, centopéias, piolhos de cobra, moscas e
ácaros;
· Todos os dias após a colheita devem-se retirar os cogumelos mortos;


5 – COLHEITA:

Vinte a trinta dias após o plantio começam a nascer os primórdios dos cogumelo (pequenas bolinhas brancas) que em condições favoráveis atigem o ponto da colheita dentro de 2 a 3 dias, quando apresenta o “chapéu” ainda fechado para evitar acúmulo de lixo. Para colher, deve-se pegar pelo “chapéu”, realizar uma leve compressâo e torcer para que o micélio se rompa.

6 – LIMPEZA:

Consiste na retirada das raízes com o auxilio de escovas, faquinhas ou jactos de ‘agua e na lavagem do cogumelo em água limpa.

7 – SECAGEM:

O processo de secagem possui grande influência na qualidade do produto final, uma vez que erros cometidos nesta fase comprometem todos os esforços realizados na etapa de produçâo, objectivando a qialidade. Esta etapa requer acompanhamento contínuo. Isto pode ser reduzido com adopçâo de tecnologias que permitam a automação do processo. Podem ser utilizados secadores caseiros ou industriais de tamanho variados (depende da necessidade de cada produtor) com aquecimento a gás, electricidade, lenha ou caldeiras.

Carateristicas visuais de um cogumelo seco.

· Coloraçâo branca levemente creme e um pouco alaranjada.
· Todos os cogumelos devem estar com o chapéu fechado.
· Deve ter uniformidade de tamanho.
Devem ser embalados em sacos de plipropileno e para cada 250 gr do cogumelo deve-se colocar um envelope contendo 7-9 gramas de sílica gel.

Cogumelos secos podem ser armazenados em locais secos e arejados por até 2 anos.

8 – O SUBSTRATO:

Os ingredientes normalmente utilizados são: esterco de gado, cavalo ou frango, capins secos, bagaço de cana, farinha de osso e de sangue, calcário, ureia, sulfato de Potássio, farelos de soja e milho. Os compostos podem ter diferentes formulações desde que apresentem os elementos necessários para o desenvolvimento do fungo. Para isso devem sofrer um processo de fermentaçâo controlada e após esse processo devem ser pasteurizados para eliminar fungos, insetos, ácaros e nematóides indesejáveis. Após a pasteurização o composto é embalado em sacos plásticos contendo entre 10 a 15 kg. Em cada saco sâo misturadas as “sementes” (em torno de 1 kg) que sâo inócuos do fungo geralmente cultivados em sementes se sorgo, estes sacos são armazenados em local com temperatura controlada até a total colonização do fungo no substrato (25 dias). Após este periodo é necessário a eliminação dos sacos com contaminações. Os sacos com micélios de coloração branca e aspecto aveludado (carateristicas de um bom desenvolvimento do Agaricus blazei) poderâo se “plantados”. Existem empresas especializadas na produção do composto. Poucos produtores actualmente realizam o processo de compostagem por exigir gastos com equipamentos e pesquisas sobre os materiais a serem utilizados e mão de obra qualificada.



Texto de:
Paulo Teixeira
viseufunghi

“Champignons de Paris”
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